Atuando em Naviraí, Johannes Meira relata sua jornada de registrador civil e “agente de transformação social” 165x2m
Johannes Miranda Meira é registrador civil no 2º Ofício de Registro Civil e Tabelionato de Notas de Naviraí/MS há pouco mais de um ano. Assumiu a serventia em março de 2024. Ao comentar sua atuação à frente do cartório, o oficial defende ter uma “atuação pautada por um olhar humanizado sobre o serviço registral, buscando conciliar excelência técnica com ibilidade, especialmente para populações em situação de vulnerabilidade”.
Sua jornada tem início em Rio Branco, cidade do interior de Mato Grosso que dista 336 quilômetros da capital, Cuiabá. “Minha trajetória é marcada pela dedicação ao serviço público, ao estudo jurídico e ao compromisso com o o à cidadania”, destaca. Possui formação em Direito pela Faculdade Católica Rainha da Paz de Araputanga, onde se graduou em 2016. “Esse foi o ponto de partida para uma carreira que hoje soma mais de uma década de atuação no serviço notarial e registral”, completa.
Meira iniciou sua jornada profissional como escrevente na Serventia de Registro de Imóveis, Títulos e Documentos da Comarca de Rio Branco/MT, onde atuou por quase cinco anos. “Desde então, trilhei uma carreira ascendente, assumindo diversas serventias extrajudiciais em diferentes regiões do país – do Pará a Minas Gerais, do Rio Grande do Sul ao Mato Grosso do Sul”, relata.
O registrador civil é especialista em Direito Notarial e Registral, e também em Direito Civil e Empresarial. É mestre em Desenvolvimento Regional e em Educação nas Ciências. Em suas pesquisas acadêmicas, aprofundou-se em temas como mediação escolar, cultura da paz e o papel da democracia no fortalecimento dos direitos fundamentais. Mais recentemente, neste ano, iniciou o Doutorado em Desenvolvimento Regional pela UNIJUÍ, aprofundando os estudos sobre cidadania, território e políticas públicas.
Naviraí, cidade no interior de Mato Grosso do Sul, fica a 360 quilômetros da capital, Campo Grande, e possui cerca de 50 mil habitantes. Sua rotina à frente da serventia no município consiste na gestão de uma equipe de 10 colaboradores. “São pessoas comprometidas com o atendimento humanizado e eficiente à população”, elogia. A média de atendimento diário gira em torno de 140 a 160 atos, considerando registros de nascimento, óbito, casamentos, reconhecimentos de firma, autenticações, escrituras, procurações e demais atos notariais. “Nossa demanda é intensa e diversificada, refletindo a pluralidade da população local e a essencialidade dos serviços que prestamos”, acrescenta.
Sobre os desafios à frente do Registro Civil, Meira destaca o papel de garantir o o à cidadania plena, especialmente às pessoas em situação de vulnerabilidade social. “Isso inclui desde a erradicação do sub-registro de nascimento até o o à documentação básica por indígenas, ribeirinhos, migrantes e pessoas em condição de rua”, explica. “Outro desafio constante é conciliar a segurança jurídica com a celeridade no atendimento, respeitando os procedimentos legais sem perder a sensibilidade diante da realidade de cada usuário. O trabalho também envolve educação documental, orientando a população sobre seus direitos e sobre a importância de manter a documentação civil regularizada”, completa.
A respeito da importância dos cartórios, em especial aqueles localizados no interior, o oficial destaca a particularidade dos cartórios sul-mato-grossenses no atendimento às populações indígenas. “Cartórios no interior são verdadeiros braços do Estado onde, muitas vezes, não há presença constante de outras instituições públicas. Garantem o exercício de direitos fundamentais, como o nome, a nacionalidade, o estado civil e a segurança jurídica nas relações pessoais e patrimoniais”, avalia. “No caso de Naviraí/MS, por exemplo, o cartório atua ativamente na promoção da cidadania de povos indígenas e de populações socialmente vulneráveis”, salienta.
“Minha mensagem é simples: sem cartórios, não há cidadania concreta. Por isso, valorizar o serviço registral é fortalecer o Estado democrático de direito, aproximando o cidadão da justiça, com confiança e dignidade”, enfatiza o registrador civil.
Para concluir, Meira expressa sua opinião sobre a relevância do trabalho do registrador civil. “O papel do registrador vai muito além da prática de atos. É também um agente de transformação social. Tenho me dedicado, inclusive na pesquisa acadêmica, a estudar mediação, cultura da paz, direitos fundamentais e desenvolvimento regional. Esse olhar mais amplo ajuda a compreender o impacto que o registro civil tem na vida de cada pessoa. Documentar é mais do que registrar atos; é reconhecer a existência, a história e o pertencimento de cada cidadão”, finaliza.
Fonte: Assessoria de Comunicação Arpen/MS
